O preço que o Governo Federal paga pela insulina NPH no Aqui Tem Farmácia Popular é 152% mais caro que o valor pago pela pasta na compra centralizada para distribuição nas unidades de saúde de todo o País. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (18), após o jornal Estado de S.Paulo noticiar que o governo estudava retirar o medicamento do programa. Está em andamento negociação com a indústria para equiparar valores e ampliar oferta à população.
Conforme a pasta, enquanto se paga R$ 10,5 por frasco para abastecer o SUS, nas farmácias privadas conveniadas ao programa o valor é de R$ 26,55. Em ambos os caso, o cidadão tem acesso ao medicamento de forma gratuita.
Está em andamento negociação com a indústria farmacêutica para equiparar valores e ampliar oferta à população. Segundo estudos internos, se toda a distribuição de insulina (Regular e NPH) do País fosse adquirida pelo preço adotado na compra centralizada, que é o menor praticado entre os programas, a economia pode chegar a R$200 milhões por ano.
Diante desse diagnóstico, o Ministério da Saúde iniciou uma rodada de negociações com a indústria farmacêutica e o setor de drogarias para ampliar o acesso aos medicamentos do Aqui tem Farmácia Popular. Uma nova reunião para discutir o cenário acontece nesta terça-feira (19), em Brasília, quando a indústria terá espaço para apresentar suas propostas.
A pasta observou que, em média, os valores pagos pelos produtos de asma, hipertensão e diabetes dentro do Aqui Tem Farmácia Popular estão 30% acima dos praticados pelo mercado. A estimativa é que, quando adequados, seriam economizados R$ 750 milhões. Assim, o custo do programa passaria de R$ 2,6 bilhões para R$ 1,85 bilhão atendendo o mesmo número de brasileiros.
Neste momento, a oferta dos medicamentos do programa Aqui tem Farmácia Popular está mantida. O objetivo da negociação é dar maior eficiência a utilização dos recursos públicos e garantir que não haja ônus para o SUS, além de buscar ampliar a oferta de produto e serviços da rede de saúde. A decisão será tomada conjuntamente com o setor para a garantia da continuidade do Farmácia Popular em todo o País.