Conversando com um amigo do trabalho, referente a situação Brasileira, acabamos chegando a conclusão que o momento é ideal para praticar a resiliência. Embora reconheça que o que vou escrever possa ser interpretado como uma visão otimista demais, quase “poliânica” desse país, acredito que precisamos ter a capacidade de lidar com o problema, superar nossos próprios fantasmas para mudar essa realidade.

No entanto, como meu objetivo nesse espaço sempre foi tratar de conceitos aplicáveis ao empreendedorismo, a negócios, a administração, a marketing, a comunicação e a própria vida das pessoas, vou direcionar o texto para pensar esse conceito em uma aplicação prática em nossas vidas. O que é e como a resiliência pode ser um grande valor para otimizar nossa carreira.

Primeiramente, vamos entender o que é resiliência, isto é, a capacidade do ser humano de lidar com problemas, superar situações adversas, ainda que sobre muita pressão, encontrar o autocontrole necessário para que transformar um momento de extrema dificuldade, tempestuoso em um dia ensolarado.

No trabalho, frequentemente somos levados a tomar decisões que exploram nossa capacidade de resignação com a reação das pessoas envolvidas em um dado processo. Um exemplo, admitir pessoas, contratar pessoas é muito fácil, difícil é demitir, dispensar trabalhadores os quais conviveu por muito tempo, e sabe das dificuldades que essas pessoas vão ter para se recolocar no mercado em recessão como na atualidade no Brasil. No entanto, se você é o líder desse grupo, deve fazer sua responsabilidade de maneira transparente e serena. Não fuja dessa experiência, pois, ela vai custar muito a você depois no que tange a aprender a lidar com situações como esta.

Outro exemplo, podemos encontrar em clientes infiéis que, ao perceber que o momento está favorável ao comprador, devido a falta de dinheiro e uma diversidade de ofertas como a sua em seu escritório, torna seu trabalho em um verdadeiro calvário, recusando proposta, leiloando propostas – “quem faz por menos leva”, provocando sua instabilidade. Nesse momento, você como um vendedor treinado e preparado e resiliente, deve lembrá-lo e com coragem dizer-lhe que embora esteja no seu direito negociar o melhor custo benefício para sua empresa, a parceria entre vocês dois sempre esteve além apenas do aspecto financeiro envolvido no negócio em si, que ( com serenidade), quando precisou de prazos mais longos para ajudá-lo a fazer um caixa, você sempre intermediou junto a sua liderança, para que saíssem juntos, de mãos dadas daquele momento e que agora chegou a vez dele estender as mãos. Essa seria uma forma inteligente de dizer não, não vou me rebaixar a uma guerra de preços, pois meu produto é superior o da concorrência e você e sempre tive a sua empresa com grande estima e consideração.

 Assistimos essa capacidade de resiliência sempre que vamos a um supermercado, e um cliente mais apressado ou impaciente começa a descontar no caixa toda sua fúria do mundo na caixa de supermercado. Concorda que a pessoa que está ali trabalhando enquanto você está consumindo não tem nada haver com o fato de estar atrasado, de ter uma personalidade difícil, de ser uma pessoa pouco satisfeita com sua vida? Mas inúmeras vezes, percebemos essa capacidade, sobrenatural, de profissionais que trabalham nos supermercados de se resignar e terminar o atendimento perguntando – “O Sr. quer mais alguma coisa?”.

Agora a questão aqui é: e você é uma pessoa resiliente? Como lida com os problemas da vida? Vai logo mandando um palavrão ou mandando um objeto na parede? Bem. A verdade é que, a resiliência é um dos elementos mais importantes e pessoas que querem vencer na vida, pois, os problemas nunca cessaram, sempre estarão presentes em nossas vidas, mas há quem desista na primeira chance de se testar, e há quem considere superar os problemas como parte de uma escada para o sucesso. A decisão é sua. Quer descer ou subir essa escada?

Para quem se interessou mais sobre esse tema, sugiro o filme “Em Busca da Felicidade”, com Will Smith que narra a história verídica de Chris Gardner (Will Smith), um pai de família que enfrenta sérios problemas financeiros, mas apesar de todas dificuldades, que não são poucas, não desiste de seu sonho se tornar um corretor da bolsa de valores. Um filme repleto de lições de perseverança, esperança, coragem, humildade, e, sobretudo, resignação. Cris Gardner deixa uma questão para todos que assistem o filme responder: se você não acredita em você, quem acreditará?