Combinação de estresse com a crise e restrição orçamentária das famílias aumentam vendas de genéricos para depressão e ansiedade

Categoria: Genéricos
Publicado em 15/09/2017
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Participação de mercado dos genéricos avança 7,44 pontos percentuais em ansiolíticos e 6,34 pontos percentuais em antidepressivos no intervalo de 3 anos, puxando as vendas destas classes terapêuticas no país

O estresse com a crise brasileira combinadas às restrições orçamentárias das famílias estão impulsionando as vendas de medicamentos genéricos para ansiedade e depressão no país.

Estudo da PróGenéricos, com base nos dados do IMS Health, aponta que as vendas de genéricos para tratamento de depressão cresceram 21,02% em unidades no primeiro semestre deste ano contra igual período do ano anterior. No mesmo intervalo, as vendas do mercado total para esta classe de medicamentos avançaram apenas 13,01%. Os similares cresceram menos da metade dos genéricos: 6,23%; e as vendas de medicamentos de referência registram expansão de 4,22%.

Num intervalo de dois anos, o crescimento é ainda mais expressivo. Comparando a evolução de vendas de antidepressivos no primeiro semestre, entre 2015 e 2017, a expansão dos genéricos neste intervalo foi de 42,72%. Os similares registram expansão de 15,78% no mesmo período, ao passo que os medicamentos de referência registram expansão de 2,58%.

Com o resultado, os genéricos avançaram na participação de mercado para esta classe de medicamentos. No primeiro semestre de 2015, os genéricos detinham 45,47% das vendas totais de antidepressivos no varejo farmacêutico. Em 2016, a participação subiu para 48,38% e fechou o primeiro semestre deste ano em 51,81%. Uma expansão de 6,34 pontos percentuais em três anos.

O fenômeno se repetiu com os ansiolíticos. O estudo da PróGenéricos indica que as vendas em unidades dos genéricos para esta classe terapêutica cresceram 8,47% no primeiro semestre deste ano frente a igual período do ano anterior. No mesmo intervalo, as vendas totais de ansiolíticos cresceram 3,32%. No caso dos similares, houve retração de -2,42%. Para os medicamentos de referência o desempenho também foi negativo: -3,59%.

No comparativo dos primeiros semestres de 2015 a 2017, a vantagem dos genéricos fica ainda mais evidente. No acumulado dos primeiros semestres de 2015 a 2017, as vendas de ansiolíticos genéricos cresceram 20,43%, enquanto os similares recuaram – 22,57% e o similares amargaram retração de -8,89%.

Nesta classe, os genéricos também ganharam mercado. No primeiro semestre de 2015, os genéricos detinham 52,11% de participação nas vendas de ansiolíticos em unidades. Em 2016, este número saltou para 56,73% e alcançou a marca de 59,55% no primeiro semestre deste ano. Um salto de 7,44 pontos percentuais em três anos.

“É natural que haja um aumento do consumo de substâncias para tratar depressão e ansiedade em momentos como esse que o Brasil atravessa, marcado por crise econômica e política prolongadas”, diz Telma Salles, presidente da PróGenéricos. “E é natural também que os consumidores busquem os genéricos uma vez que as famílias estão com os orçamentos mais enxutos. O consumidor sabe que pode confiar nos genéricos e o preço e é media 60% mais barato”, completa a executiva.

Fonte: http://www.segs.com.br/saude/81774-combinacao-de-estresse-com-a-crise-e-restricao-orcamentaria-das-familias-aumentam-vendas-de-genericos-para-depressao-e-ansiedade.html 

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