Grandes redes farmacêuticas ampliam suas lojas pelo Estado de MG

Publicado em 18/06/2018
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Uma das redes farmacêuticas em grande expansão no país é a RD, dona das marcas Droga Raia e Drogasil, que já conta com 110 lojas no Estado de Minas Gerais. Só na capital mineira são 30 estabelecimentos. “Não podemos dizer quantas lojas ainda vamos abrir no Estado por uma questão estratégica, mas podemos afirmar que a empresa tem planos positivos para a região. Minas continua no plano de expansão da empresa, que pretende abrir 240 lojas neste ano em todo o Brasil e mais 240 unidades em 2019”, revela o vice-presidente de planejamento e RI da RD, Eugênio De Zagottis.

E um dos segredos do sucesso é o investimento em novos produtos, que pode ser sentido no faturamento anual. Em 2017, a RD encerrou o ano com R$ 13,9 bilhões de receita bruta, um crescimento de 17,1% na comparação com 2016. “Hoje, os consumidores enxergam a farmácia não somente como um local que eles frequentam para procurar um medicamento, mas sim como um estabelecimento que vende qualidade de vida”, complementa De Zagottis. 

Outra grande rede em plena expansão em Minas é a Drogaria Araujo, que já conta com 180 lojas no Estado. A empresa está presente em Ibirité, Ouro Preto, Caeté, Matozinhos, Nova Lima e Pará de Minas. Neste ano já foram inauguradas lojas em Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Nova Serrana. Até o fim do ano, segundo a assessoria de imprensa da rede, serão 32 novas lojas marcando presença em diversas cidades mineiras. 

Para Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma, o resultado é fruto do investimento em logística e distribuição, da expansão de lojas e de uma boa gestão de estoques para evitar a falta de medicamentos nas prateleiras.

“O e-commerce, os programas de fidelidade e os sistemas de TI para mapear hábitos de consumo também contribuem para elevar a margem do faturamento”, acrescenta.

Outro investimento do setor no Brasil tem sido em salas de serviços farmacêuticos (care centers). O número de estabelecimentos que oferecem esse serviço quase triplicou nos últimos 12 meses, saltando de 605 para 1.670. Até o fim de 2018, a projeção da Abrafarma é chegar a 2.100 no país.

Faturamento

Em 2017. As 24 redes associadas à Abrafarma faturaram R$ 44 bilhões, e o volume de vendas subiu 8,96%em relação ao ano anterior. As associadas concentram 41% do setor.

 

Pequeno empresário tenta resistir

Os pequenos empresários do ramo farmacêutico já sentem o impacto da expansão das grandes redes. Com estabelecimentos familiares, às vezes por anos em um mesmo local, eles, por vezes, já pensaram em passar o ponto e até desistir do negócio.

É o caso de José Paulo Drumond, que há cerca de 36 anos tem uma farmácia em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele observa de perto a expansão de grandes redes pela região de seu comércio, mas continua mantendo a velha caderneta e o atendimento pessoal para manter o negócio. “A gente é um negócio de família e antigo. Quando as pessoas têm dinheiro, vão às grandes redes. Quando não têm, vêm para o bairro”, frisa. 

Confiança. Para o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Minas Gerais, ainda que os pequenos empresários sintam mais os efeitos dessa expansão, é preciso ressaltar que a atenção farmacêutica – atendimento pessoal, como aplicação de vacinas, aferição de pressão e acompanhamento de medicamentos – nesses casos faz toda a diferença. “A pessoa confia naquele farmacêutico e, por isso, mantém, muitas vezes, a compra do medicamento sempre naquele lugar. Quem acaba acompanhando de perto o paciente, sem dúvidas, acaba sendo o farmacêutico”, explica. 

 

Ele também pondera que a variação dos preços dos medicamentos genéricos nas grandes redes, às vezes até 60% mais baratos que os de referência, tem ajudado o consumidor. “Ele fica com a livre opção de escolher um produto de qualidade”, finaliza.

 

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