Dando continuidade ao meu artigo anterior: Diálogo Interno Negativo – afirmações irracionais e, em atenção aos e-mails de leitores solicitando informações e recursos práticos para o tema, seguem algumas dicas.

O diálogo interno é um recurso importante e fundamental do nosso processamento interno, desde que saibamos usá-lo e conduzi-lo a nosso favor, caso contrário, pode funcionar como potente sabotador. Alguns ainda desconhecem como melhor utilizar seu processo interno de pensamentos, tornando seu diálogo interno mais positivo e produtivo. Invariavelmente, acabamos descobrindo e desenvolvendo nosso próprio modo de lidar com ele através de tentativas e erros, como todo e qualquer processo de aprendizado em nossa vida. E de fato, serão esses resultados advindos das tentativas e erros, ainda que pouco efetivos, que nos indicarão a direção de nossa vida emocional.

A PNL (Programação Neolinguística), nos permite "modelar" ou examinar como usamos nossa mente e corpo, propiciando um insight importante, sobre como podemos conduzir melhor e de forma mais produtiva a nossa vida.

Podemos utilizar alguns recursos em nossos diálogos internos, que nos possibilitarão escolhermos as melhores maneiras de usarmos tal capacidade:

  • Bloquear: inibe a sua própria capacidade de fluxo de diálogo interno negativo, por exemplo.
  • Substituir: substituir o fluxo de diálogo interno negativo por outro, criar um diálogo interno mais positivo e funcional.
  • Inibir: preste atenção às coisas que não exigem diálogo interno ou que recorram fortemente a outros sentidos como barulho, visão ou sensações físicas.
  • Redirecionar: utilize seu diálogo interno com propósito mais positivo, mudando seu foco de atenção e ação.
  • Negociar com ele: estabeleça um acordo com seu próprio diálogo interno, por exemplo: funcionalidade, avalie ganhos e perdas.
  • Tornar desnecessário: muitas vezes, o nosso diálogo interno é apenas um meio de imaginar algo ou de desanuviar a mente. Questione sua função e resultados obtidos com esse diálogo.
  • Reduzir: use a consciência e questionamentos sucessivos, para reduzi-lo a uma possível insignificância pela falta de sentido, por exemplo.
  • Modular: mude a maneira de se dirigir e falar com você mesmo em suas autoverbalizações (diálogos internos), pois desta forma, obterá um efeito calmante e que lhe trará maior segurança e apoio.
  • Dirigir: desenvolva sua capacidade de decidir a não aceitar passivamente certos tipos de pensamentos. Você com seu pleno poder sobre suas opiniões, decisões e ações.
  • Reconhecer: que o diálogo interno deixa de ser um "ponto importante" e que exerce poder sobre nós – e reconhecemos que ele é simplesmente algo que estamos fazendo e que pode ser feito de um modo diferente visando melhores resultados a nosso favor.

Use seu diálogo interno ou torne-se refém dele:

Quando utilizado efetivamente, o diálogo interno é um recurso admirável, que nos permite pensar com criatividade, realismo, lógica, continuidade e de forma crítica. Sem essas capacidades, nós não seríamos capazes de atuar positivamente em nosso cotidiano.

A dificuldade com o diálogo interno negativo se origina no fato de ignorarmos ou não sabemos que podemos dirigi-lo e como. Imageticamente, é como ter um cachorro. Se o cachorro foi treinado, ele pode ser uma ótima companhia, ajudar na segurança e ser um companheiro fiel. Porém, se permitirem que ele faça tudo o que e quando quiser, ele causará destruição dentro e fora de casa e, até mesmo arriscará a segurança de amigos e da família!

Felizmente o velho ditado "você não pode ensinar novos truques para um cachorro velho" não se aplica aqui, pois essa analogia desmorona, vez que é perfeitamente possível aprender a “dirigir” seu diálogo interno ao longo de sua vida.

Se eu não mudar minha forma de pensar e agir, continuarei a ser a pessoa que eu não quero ser.

 

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