Nossa vida é constituída de fases, umas boas, outras nem tanto e nenhuma delas são permanentes e sim, temporárias. Uma verdadeira dança das cadeiras ora sentado, ora em pé. Aceite ou não, a vida não para, ela não lhe dá um tempo ocioso para decidir o que fazer. As horas e os minutos simplesmente continuam correndo enquanto você está decidindo qual será o melhor caminho a tomar em direção ao seu futuro.

Não importa o que aconteça, a vida sempre continua. Não dispomos de um botão de PARAR, até que as coisas melhorem. Assim, temos que seguir em frente. Não importa quão difícil, doloroso ou assustador seja, o dia vai passar, a semana vai recomeçar, e a vida vai se ajeitar. Por isso, apenas siga em frente.

Deparo-me semanalmente, com profissionais e executivos, recém demitidos e observo que em sua maioria, expressam um sentimento de indignação com o fato. Questionam-me: ....mas porque logo eu? O que eu fiz para merecer isso? – Respondo: Porque não você? O que te torna tão especial? O que te faz pensar que esteja isento das adversidades que a vida apresenta?

Alguns, em função de sua elevada resistência, distorcem a realidade, buscam inúmeras justificativas visando “entender” para “controlar” as possíveis razões para sua demissão e, encerram o ciclo reativo, se culpando, somatizando e até deprimindo em alguns casos.

Não espero nem acredito que alguém possua um alto nível de resiliência a ponto de passar incólume nesta situação. Estamos vivos e somos sensíveis e emocionais inicialmente, frente às nossas vivências. Felizmente, sempre sobra uma marca para nosso aprendizado e evolução.

Acredito na escolha consciente e árdua, porém funcional e libertadora, de absorver a realidade que se apresenta (goste ou não, queira ou não, ache “justo” ou não), dar vazão aos seus sentimentos (reagir emocionalmente durante um tempo estipulado), resignar-se, aceitar a realidade dos fatos, iniciar o planejamento de suas ações em busca de sua recolocação e seguir em frente. Nada, além disso!

“Não “engorde” o problema com suas emoções, resolva-o racionalmente, é mais “fácil”, funcional e dói bem menos do que resistir a ele”. Marcio Caldellas

Seguem estratégias para baixar sua resistência aos fatos:

Aceite a realidade: Você pode até tentar, mas não resolverá negar ou fugir dos fatos. O que passou, já era, virou passado. Não há nada que se possa fazer agora que altere seu passado. Existem apenas duas atitudes funcionais para lidar com seu passado: perdoar-se no sentido de aceitar que você pensou, decidiu e agiu da melhor forma que conseguiu naquele momento e, aprender com seus erros e preferencialmente, não repeti-los.

Viver pode ser simples assim: quanto mais resistir à realidade, mais sofrerá existencialmente e quão mais aceitar a realidade, mais aprenderá com ela, se desenvolverá, sofrerá menos e poderá caminhar livre para construir um futuro melhor.

Peça ajuda: Enfrentamos dificuldades e lições de aprendizado cotidiano e nem sempre compreendemos ou conseguimos lidar com a situação que se impõe. Procure pessoas em quem confia e possa conversar, busque ajuda profissional: Psicoterapia, Coaching ou mesmo em livros e textos que favoreçam sua reflexão. O que importa é fazer o que for necessário para se ajudar. Trocar ideias nos mostra que não estamos sozinhos e que a situação que enfrentamos não é única nem pessoal, existem mais pessoas passando por problemas semelhantes.

Aceite o passado: Suas ações passadas determinaram quem é e como vive atualmente. O mesmo se dá em relação às suas ações atuais, elas estão esboçando e construindo seu futuro. Pense nisso!

Viver de forma fluída é uma possibilidade de aprender com seus próprios erros, mas não fique preso ao passado se culpando em função dos mesmos. Dedique-se a aceitar e superar seus erros e, não olhe mais para trás, não faz sentido, faz? Esteja certo que, não há nada que faça hoje que altere seu passado, logo, é disfuncional reviver cenas e remoer seu passado. O presente é o aqui e agora, o que passou te serviu como aprendizado, nada mais. Hoje você pode ser uma pessoa nova e aberta as possibilidades e viver plenamente.

O retrovisor interno de um carro ilustra a visão de algumas pessoas que acreditam que estão seguindo em frente em suas vidas, mas de fato, estão focadas, ancoradas e “reféns” de seu passado.

 

Aviso: Os textos e conteúdos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do About Me.