Vocês já devem ter ouvido a expressão: O maior patrimônio de uma pessoa humilde, é o seu NOME LIMPO. Pois por maior que sejam as dificuldades, com seu nome limpo, ela terá acesso ao crédito e poderá comprar com seu carnê nas Casas Bahia e não haveria a explosão da inadimplência que existe hoje no mercado. É importante ressaltar que este cenário já vinha sendo desenhado a algum tempo, onde por oportunismo, ganância, e incompetência, fomos literalmente assaltados pelos governos nos últimos 13 anos. Exemplos como a redução da conta de luz por decreto, e depois das eleições a criação das bandeiras tarifárias, o incentivo as montadoras para venda de veículos, principalmente a venda de caminhões a juros subsidiados pelo governo, e como consequência, o excesso de caminhões, as péssimas condições das estradas, e o baixo preço do frete. Com estas medidas descabidas, o Brasil foi literalmente paralisado pelos caminhoneiros, onde a população virou refém e mais uma vez pagou e ainda está pagando a conta. E sem contar com o maior índice de desemprego da história do país.

Com isso, o número de consumidores inadimplentes no país chegou a 61,8 milhões em junho de 2018, segundo levantamento da Serasa Experian. Trata-se da quinta alta mensal seguida e do maior patamar da série da pesquisa, iniciada em 2016. Na comparação com junho de 2017, quando foram contabilizados 60,6 milhões de inadimplentes, o índice teve aumento de 1,98%.

O montante alcançado pelas dívidas em junho deste ano foi de R$ 273,4 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.426 por pessoa. O enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico contribui para manter em patamares elevados as taxas de desemprego no país e, consequentemente, os níveis recordes de dívidas atrasadas.

No Brasil, 40,3% da população adulta está inadimplente, segundo o levantamento. Alguns estados do Norte como Roraima, Amapá e Amazonas apresentam uma taxa de inadimplência acima de 50% da população adulta enquanto que as pessoas que moram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraíba estão abaixo dos 35%.

A faixa etária mais inadimplente continua sendo a dos adultos entre 36 e 40 anos, com 47,3% dos brasileiros inadimplentes, seguida pelos brasileiros entre 31 e 35 anos (46,3%). A inadimplência dos idosos, embora não seja a faixa mais elevada, foi a que mais cresceu nos últimos 2 anos. Em junho deste ano, 35% dos brasileiros com mais de 61 anos de idade estavam com contas atrasadas. Se comparado ao mesmo período de 2016 (32,4%), a inadimplência desse público registrou crescimento de 2,6 pontos percentuais.

Na análise por segmentos, apesar de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem o maior peso, a participação desse grupo caiu 1,5 ponto percentual enquanto a participação dos segmentos de utilidades, telefonia, serviços e financeira aumentou.

Uma coisa é certa, para mudar este cenário em 2019, é necessário um verdadeiro choque de gestão. Onde a carga tributária seja reduzida, a oligarquia financeira bancária seja literalmente afetada com a abertura a novos entrantes, promovendo uma maior concorrência e reduzindo as altas taxas, o combate a corrupção continue de forma exemplar, e a criação de renda e cidadania através do emprego.

Por isso, afirmo essa inadimplência não é minha!

 

Sobre o Autor:

 

José Renato Alverca

É Membro Fundador do IBPDICC – Instituto Brasileiro de Pesquisa Desenvolvimento Inovação em Crédito e Cobrança, Especialista em Crédito, Cobrança, Meios de Pagamento, Adquirência, RH e TI.

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