Para aprender inglês, você sabe quais aspectos são fundamentais, quais são relativamente importantes, e quais você até poderia abrir mão se precisasse? Será que você não está priorizando o que menos importa? Ou pagando mais por algo que nem tem tanta importância assim para os resultados de fluência? Veja as opiniões de alunos e de especialistas, depois pense sobre o que mais contribui ou atrapalha nos SEUS resultados de aprendizagem. 

 

O que mais contribui para o aprendizado, segundo os alunos?

1. Ter um professor nativo 
Opinião de alunos: “Com um professor nativo, eu aprendo mais, porque ele sabe mais.”

2. Modalidade (aulas Presenciais ou por Skype, por exemplo)
Opinião de alunos: “Só aprendo se o professor estiver perto de mim.” Ou “Só aprendo se for online”

3. Contato diário com o idioma
Opinião de alunos: “Não consigo ir muito à aula, sou muito ocupado. Mas vou quando dá. Estudar depois o conteúdo, aí não dá mesmo.”

4. Tempo de fala em aula
Opinião de alunos: “Sou meio tímido pra falar, mas eu entendo e escrevo bem! Faço perguntas, o professor esclarece, acho que estou aprendendo.”

5. Revisões do conteúdo visto
Opinião de alunos: “O professor é ótimo, ele ensina muito bem, manda listas de palavras e muitos textos.”

 

O que mais contribui para o aprendizado, segundo especialistas? 

1. Contato diário com o idioma
Ficou em terceiro lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado. Para os especialistas, é o primeiro. 

Opinião dos especialistas: “É o que mais importa. Aulas todos os dias, imersões, ou o contato diário através de apps, redes sociais, youtube, TEDTalks, livros, games, músicas, séries. Desde que o aluno pratique as quatro habilidades (fala, compreensão oral, escrita e leitura) e não se concentre em uma delas, o aprendizado é proporcional ao número de horas de exposição e prática do idioma.” 

2. Tempo de fala em aula
Ficou em quarto lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado. Para os especialistas, é o segundo.

Opinião dos especialistas: “A comunicação oral em inglês (falar e entender) é a competência mais desafiadora para a grande maioria dos alunos. O curso deve motivar o aluno a simular diálogos possíveis, expressar suas opiniões, contar estórias em inglês. Os mais tímidos podem não querer se expor, mas sem esta exposição em todas as aulas, a comunicação oral nunca será natural. O aluno vai dizer que tem nível avançado, só não sabe falar inglês.” 

3. Revisões do conteúdo visto
Ficou em último lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado. Para os especialistas, é o terceiro.

Opinião dos especialistas: “É um engano muito frequente, por parte de alunos e até de professores. Não é porque um conteúdo foi ensinado que significa que ele foi aprendido. Pode-se dizer que, se não foi aprendido, não foi ensinado, foi apenas mostrado aos alunos. E garantir aprendizado requer repetição do mesmo conteúdo, de várias maneiras. Nem sempre isso acontece – em aula ou fora dela. Resultado: muito é visto, pouco é de fato aprendido.

4. Modalidade (aulas Presenciais ou por Skype, por exemplo)
Ficou em segundo lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado. Para os especialistas, é o quarto.

Opinião dos especialistas: “Os outros três fatores são muito mais relevantes. Há alunos que quase não vão à aula, porque pegam trânsito, por exemplo – mas não abrem mão da aula presencial. A regularidade de contato com o idioma é mais importante e eles não percebem.” Mas é claro que há alunos que têm mais concentração nas aulas por Skype, outros nas aulas presenciais. Entender seu estilo de aprendizagem e o que desvia sua atenção é fundamental. 

5. Professor nativo 
Ficou em primeiro lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado. Para os especialistas, é o último!

Opinião dos especialistas: “Há excelentes professores nativos no mercado. Há professores nativos muito ruins. Isso acontece com professores não nativos também. Um excelente professor deve dominar o idioma, dominar diversas técnicas de ensino, saber adaptá-las a cada aluno ou grupo, não ser o centro da aula, promover prática de todas as habilidades, revisar até garantir o aprendizado. Deu para perceber que estas ações independem do país onde o professor nasceu. Mas é claro que se o aluno tem um nível super avançado, um professor nativo pode trazer desafios ao seu curso.

 

Rosangela Souza (ou Rose Souza) é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em  Letras/Tradução/Interpretação pela Unibero, Especialista em Gestão Empresarial, MBA pela FGV e PÓSMBA pela FIA/FEA/USP, além de cursos livres de Business English nos EUA. Quando morava em São Paulo, foi professora na Pós Graduação ADM da FGV. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs. Colunista dos portais Catho, RH.com, MundoRH, AboutMe e Exame.com. Desde 2016, escolheu administrar a Companhia de Idiomas à distância e morar em Canela/RS, aquela cidadezinha ao lado de Gramado =) . Quer falar com ela? rose@companhiadeidiomas.com.br ou pelo Skype rose.f.souza