As viagens corporativas, que sempre pautaram as estratégias de negócios do canal farma, definitivamente ficaram na lista de espera. Segundo a última enquete do Panorama Farmacêutico, 3/4 dos leitores não se deslocaram para nenhuma localidade a negócios nos últimos 12 meses.
Dos 1.927 participantes, 1.447 (75%) informaram não ter realizado nenhuma viagem do gênero. Apenas 11% (215) fizeram pelo menos uma, enquanto 9% (215) indicaram uma frequência maior. Outros 5% (89) embarcaram somente para destinos nacionais.
Os números da atividade refletem o cenário de estagnação. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) apontou que a receita das principais travel management companies do país com passagens aéreas caiu 68% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020.
O volume de R$ 2,06 bihões despencou para R$ 657 mil. A queda chegou a 90% quando analisados somente os voos internacionais – o faturamento, antes na casa de meio milhão, não passou de R$ 48 mil. Curiosamente, a menor retração foi de 2% e ocorreu no segmento de locação de veículos nacional, o que sinaliza uma preocupação maior das empresas com a segurança sanitária de seus colaboradores.
Rubens Schwartzmann, presidente do conselho de administração da Abracorp, considera prematuro concluir que o comportamento dessas viagens mudará radicalmente no pós-pandemia. Mas o dirigente prevê alguns novos hábitos. “É possível que as viagens de avião, especialmente aquelas de 1h a 1h30, migrem para o modal de transporte terrestre. Mas os encontros pessoais deverão ser retomados, em menor escala, até porque estudos já mostram que não se pode esperar o mesmo engajamento de colaboradores e clientes nas cansativas reuniões online”, analisa. Porém, para os trechos mais longos, as viagens deverão continuar.
Fato é que a saúde dos profissionais ganhou relevância na tomada de decisões e se tornou a prioridade de mais de 50% das empresas que mantêm políticas de viagens de negócios, de acordo com outro levantamento da associação. Apenas 29% consideram o preço como fator determinante, algo incomum antes de março de 2020.
Nova enquete
Às vésperas do segundo semestre, a nova enquete que está no ar propõe uma análise sobre a gestão das empresas no restante do ano. Qual estratégia será a chave para os negócios? Fidelização, expansão, digitalização, revisão de custos? Ou o momento é de olhar para o futuro e mirar na governança e no desempenho socioambiental. Participe e contribua para o debate.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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