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Farmais retoma expansão por franquias e planeja IPO

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Farmais

A Farmais parecia página virada no varejo farmacêutico nacional desde 2019, após a falência de sua holding, a BR Pharma. Agora, a rede ganha novo fôlego por meio de um grupo de 34 franqueados, que planeja multiplicar o faturamento de R$ 720 milhões para R$ 2 bilhões e prevê também uma futura abertura de capital.

O grupo é formado essencialmente por antigos franqueados da marca, que arremataram a Farmais em um leilão judicial pela bagatela de R$ 3,6 milhões. Eles começaram a se organizar em 2018, ao detectar as dificuldades financeiras enfrentadas pela holding. “Eles pararam totalmente de dar assistência ao franqueado e, por isso, começamos a nos organizar”, afirmou o sócio e novo presidente, Ricardo Uemura Kunimi, em entrevista ao O Estado de S. Paulo. “Queremos estar entre as dez maiores do setor”, acrescentou.

Kunimi é dono de três unidades da Farmais no interior de São Paulo desde 1998 e, juntamente com outros cinco franqueados, tem participação majoritária na sociedade. O executivo deve liderar os ousados planos de crescimento da rede, que espera abrir mais 50 franquias neste ano e chegar a 262 unidades, com receita estimada em R$ 722 milhões e presença em dez estados – Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Até 2023, a meta é alcançar os R$ 2 bilhões de faturamento, com 500 pontos de venda, quando então seria dado o pontapé inicial para o IPO. Cerca de R$ 150 milhões estão reservados para os projetos de expansão. Para atrair investidores, a Farmais cortou seus royalties pela metade, para um salário mínimo por mês. O aporte previsto para o candidato a franqueado é de R$ 400 mil para novas lojas e R$ 300 mil para unidades de conversão. As taxas de franquia são de R$ 50 mil e R$ 30 mil, respectivamente. Proprietários de farmácias independentes interessados em converter a marca são alvos prioritários.

Escalada e fracasso

A Farmais iniciou operações de forma independente em 1994. Manteve uma trajetória de crescimento orgânico até despertar o interesse do BTG Pactual, em 2009. O banco apostou altas fichas no varejo farmacêutico com a formação da BR Pharma, mirando a aquisição de redes com forte atuação regional, como a Big Ben (PA), Drogaria Sant´Ana (BA) e Mais Econômica (RS).

Em 2011, a BR Pharma abriu capital em uma operação que ultrapassou R$ 460 milhões, o que a colocou na quarta colocação em faturamento no ranking da Abrafarma. Chegou a somar 430 lojas, mas passou a acumular prejuízos sucessivos. Em 2016 caiu para a sexta posição e, no ano seguinte, despencou para o 13º lugar. O BTG desistiu do negócio e vendeu a rede pelo valor simbólico de R$ 1 mil. O novo dono não conseguiu levantar a companhia e a falência foi decretada em 2019, com dívidas superiores a R$ 1 bilhão.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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