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Conheça o novo celeiro do mercado farmacêutico

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Conheça o novo celeiro do mercado farmacêutico
Foto: Canva

Um país independente há apenas 33 anos vem se firmando como novo celeiro do mercado farmacêutico. Em pouco mais de uma década, a receita da Eslovênia com exportações de insumos e medicamentos aumentou sete vezes. E uma das explicações para esse crescimento está em uma nação gigante no setor – a Suíça.

Em 2010, as indústrias farmacêuticas do país do Leste Europeu transacionaram em torno de R$ 10,2 bilhões para o Exterior. No ano passado, o saldo foi de R$ 74,2 bilhões. O mercado farmacêutico já responde por 5% do PIB do país, cuja população chega a somente 2 milhões de habitantes. Considerando o continente europeu, é uma das cinco maiores nações da Europa em faturamento per capita.

Receita do mercado farmacêutico per capita na Europa

A indústria farmacêutica suíça vem exercendo papel determinante para esse rápido avanço da jovem Eslovênia. A Novartis e seu braço de genéricos até o ano passado, a Sandoz, injetaram R$ 18,7 bilhões no país dos Bálcãs nos últimos 13 anos.

Em 2002, a Novartis adquriu a fabricante Lek, especializada na produção de genéricos de baixo custo. A estratégia consiste em bater de frente com a acirrada concorrência asiática na produção desse gênero de medicamentos.

Desde então, a farmacêutica montou uma infraestrura que contempla uma fábrica para enchimento de frascos, uma planta que já produz 10 bilhões de pílulas e comprimidos por ano e laborarórios para pesquisa de remédios biológicos. No ano retrasado, iniciou um novo ciclo de expansão em território esloveno, ao injetar localmente R$ 1,73 bilhão.

A Sandoz, por sua vez, reservou um aporte de R$ 1,98 bi com foco na produção de biossimilares. Sua unidade de embalagens abastece atualmente mais de 120 países.

O maior centro de distribuição destinado ao mercado farma da Europa também fica no país, mas não está associado aos laboratórios suíços. O complexo da alemã Kuehne+Nagel tem 4 mil m² de área e fica vizinho ao aeroporto nacional da Eslovênia.

O que explica a expansão da Eslovênia no mercado farmacêutico?

O que vem posicionando a Eslovênia em destaque no mercado farmacêutico? Parte da resposta está na excelência da indústria farmacêutica local, que remonta ao fim da Segunda Guerra Mundial, na primeira metade da década de 1940.

Na época, ainda anexada à então Iugoslávia, a Eslovênia tornou-se um polo de exportações de genéricos e produtos acabados para o Leste Europeu. Isso aconteceu por meio da criação da Lek e também do laboratório Krka. A aposta no setor foi decisiva para a nação ser, atualmente, a terceira mais industrializada de toda a Europa. Agora, o país pega carona no mercado mundial de genéricos, que cresce a cerca de 11% ao ano.

A geografia também é favorável. Sua localização ao sul da Europa Central facilita o escoamento de produtos para mercados tradicionais como a Itália, com a qual faz fronteira, e os países do antigo Bloco Socialista. A Eslovênia ainda atrai investidores pelo baixo custo da mão de obra. O salário médio anual é de R$ 173 mil, contra R$ 322 mil da Suíça.

Leste Europeu também está no radar do Brasil

Não pense que apenas os suíços estão de olho neste novo centro farmacêutico europeu, as empresas brasileiras também estão atentas a esse novo Eldorado para o setor.

A EMS, por exemplo, comprou a empresa sérvio-eslovena Lifemedic no começo de novembro. A companhia atua na distribuição de suplementos dietéticos e produtos cosméticos da biofarmacêutica italiana Pharmalife Research. Presente em quatro países do Velho Mundo, a distribuidora atende mais de 5 mil farmácias e redes do varejo farmacêutico, com um portfólio de mais de 400 produtos.

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