Bom, quem nunca ouviu falar de Uber uma vez na vida?

Mesmo se na sua cidade ainda não possua, você deve acompanhar as polêmicas das grandes capitais, onde, em São Paulo, chegamos a quase uma guerra entre taxistas e “uberistas”.

Falando um pouco dessa plataforma, ela é nova: Foi fundada apenas em 2009 por Garrett Camp e Travis Kalanick.

Cinco anos mais tarde, já valia mais de 18 bilhões de dólares, com alguns investidores modestos como Google e Goldman Sachs.

O interessante é que a proposta inicial da empresa era oferecer carros de luxo, com um serviço diferenciado ao de taxi comum. Temos esse serviço hoje, mas ele é apenas uma categoria de várias existentes. Hoje, ele está liberado em muitas cidades brasileiras e auxilia, financeiramente, muita gente desempregada, ao mesmo tempo que incomoda o taxista licenciado.

Mas a proposta do meu artigo não é falar do Uber. Quem quiser saber mais a fundo, é só acessar a página oficial da empresa.

Minha proposta é falar de um conceito que vem chegando rápido, voraz, mas ninguém está percebendo: A Uberização, que não é mais modismo, é tendência macroeconômica de usar a tecnologia para desenvolver quaisquer serviços.

Mas o fato é que vemos isso hoje no dia-a-dia, serviços que, há dez ou quinze anos atrás era inconcebível. Atualmente, com o advento dos aplicativos para celular, temos quase qualquer tipo de serviços. Vamos citar alguns exemplos:

·        Táxi – Uber (não se cobra bandeira e paga-se apenas a distância percorrida, com possibilidade de se ter uma carona solidária, chamada Uber Pool);

·        Hotéis – Airbnb (não se aluga mais um quarto comum em hotel, mas sim uma cama, um espaço, um sofá e não por diárias de 24 horas, com check-in ou check-out, mas pela quantidade de horas que o visitante precisa). A própria rede Arcor, dona do Íbis, já “sacou” essa jogada e aluga quartos por hora próximos à rodoviária do Tietê, para que o passageiro não fique esperando 06 horas dentro do terminal;

·        Lojas e equipamentos – Vários, mas temos Buscapé, OLX, entre outros, onde a pessoa busca algo de que precisa, mas não possui dinheiro naquele momento para adquirir um novo;

·        Serviços Bancários – os grandes bancos que se cuidem: as chamadas Fintechs (financial technology) que oferecem e se concentram em poucos serviços, mas se especializando nessa plataforma: seja empréstimos (com quase metade de taxa de juros), cartões de crédito, investimentos, entre outros. Esse serviço é tão avançado que utiliza a IA para checar o comportamento das redes sociais para avaliar o tipo de crédito e juros oferecidos.

·        Serviços Domésticos – Hoje temos o Helpling, que ajuda clientes a encontrarem faxineiras e vice-versa.

·        Médicos – Dr. Consulta (plataforma com médicos de todas as especialidades);

·        Lavagem de Carros – EasyCarros (que vai até à sua casa e lava, à seco, seu carro).

Poderíamos enfileirar aqui inúmeros serviços, de vários segmentos e com certeza surgirão mais.

No entanto, o tema central desse artigo: Seria possível a “Uberização” de alguns serviços psicológicos?

Por que a consulta psicológica deve ter 01 hora ou 50 minutos? Por que deve ser em uma sala e não em um passeio no parque ou em uma Starbucks? Seria possível o paciente pagar meia hora, ou 02 horas?

Conversando com um cliente outro dia, o mesmo utiliza 150 Palográficos por mês (um importante teste psicológico para recrutamento e seleção de profissionais, principalmente a nível operacionais). Na discussão, o mesmo reclamava dos altos custos que tinha, pois recebia um laudo de quase 05 páginas das quais usava apenas 04 linhas (o quanto o candidato produzia, qual era sua oscilação rítmica, sua organização e qualidade no trabalho e seu relacionamento interpessoal). Me veio à cabeça: vou te montar uma proposta e, dessa proposta nasceu a primeira plataforma de Uberização de Avaliação Psicológica.

Como exemplo do Palográfico, ao aplicar em um Analista de RH, em um Operador de Caldeira ou até mesmo em um executivo, a forma de aplicação é a mesma, sim, deve ser idêntica. Mas eu realmente preciso olhar para todos os aspectos de resultados que o teste me traz para todas as funções?

Não, pois são competências diferentes. Obviamente, enquanto psicólogos éticos, se virmos alguma distorção no teste (mesmo que essa avaliação não esteja contemplada na proposta acertada pelo cliente) ele deverá fazê-lo, mas não precisará encher o cliente com informações desnecessárias.

Achei interessante, mas como funciona? Simples, dividimos o teste em grandes 09 escalas e precificamos cada escala de correção:

Suponhamos que um cliente (no caso desse cliente real) que tem uma empresa de usinagem, selecione apenas pela produtividadetendência a fadiga e depressão, , NOR e qualidade e organização no trabalho, a avaliação dele custaria apenas R$ 15,00. Já se eu tenho uma vaga mais complexa e necessitar da avaliação completa, meu custo ficaria R$ 40,00 por avaliação. Mas o cerne da questão é: pague pelo que use.

Estamos criando plataformas para outros instrumentos (como o BPR-5), que possui 05 escalas de raciocínio. Para que medir raciocínio mecânico em uma pessoa de finanças? Não faz mais sentido. Nenhum cliente ou gestor lê ou tem tempo de ler laudos psicológicos de 05, 10 páginas. Ele quer saber, de preferência de forma gráfica co linguagem simples, se a pessoa está apta ou não.

Obviamente temos instrumentos que não conseguiremos fazer dessa forma, mas diria que quase todas as baterias são possíveis realizar, pois uma bateria, mede um conjunto de comportamentos e salvo as mesmas não estiverem interligadas, não há porque pagar por algo que não se usa.

Seria a “Uberização” chegando à psicologia? Vamos ver cenas dos próximos capítulos.

Acompanhem a MS nas redes sociais e vejam novidades sobre esse tema: https://www.linkedin.com/company-beta/16189647

www.msavaliacaopsicolpogica.com.br

 

 

 
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