Já falamos em artigos anteriores que a Manutenção Preditiva, segundo Tavares (1996) e Branco Filho (2000), entende-se, por controle preditivo de manutenção, a determinação do ponto ótimo para executar a manutenção preventiva num equipamento, ou seja, o ponto a partir do qual a probabilidade de o equipamento falhar assume valores indesejáveis.

Ela é a melhor ferramenta para acabar com os "sustos" que muitas quebras nos apresentam! A Manutenção Preditiva monitora através de análises a vida do equipamento, detalhando assim de forma preventiva o momento de queda de eficiência e o momento de atuação preventiva para evitar uma possível quebra do equipamento. As análises mais comuns são: Termografia, Análise de Vibração e Análise de Óleo Lubrificante e Isolante.

Falaremos rapidamente sobre cada um deles.

Termografia: É uma técnica que permite mapear um componente ou uma região com o intuito de distinguir áreas de diferentes temperaturas, sendo, portanto uma técnica que permite a visualização artificial da luz dentro do espectro infravermelho. Através dela é possível detectar em estágio inicial, processos de falha gerados por anomalias térmicas em um determinado componente antes que ocorra interrupção de funcionamento dos equipamentos, podendo classificar e quantificar.

Análise de Vibração: Técnica que capta as frequências geradas pelos equipamentos em busca de problemas de fixação, desbalanceamento de peças rotativas, falha na estrutura e etc. Através de equipamentos adequados, pode-se captar quais são as frequências normais de funcionamento e quais aquelas que aparecem apenas quando o equipamento se encontra com defeito, controlando assim o momento certo de atuação.

Análise de óleo: Técnica que colhe amostras do óleo do equipamento em busca de características que denotem alguma falha no mesmo. Através de testes laboratoriais é possível verificar informações cruciais como viscosidade do óleo, acidez, presença de água e ferrografia, fatores  importantíssimos para a tomada de decisão de troca do óleo ou intervenção no equipamento.

Praticando a manutenção preditiva, você consegue antever a necessidade de serviços de manutenção do equipamento, sem a necessidade de desmontagem desnecessária, diminuindo os custos com manutenção emergencial,  aumentando disponibilidade, confiabilidade e facilitando a visão sobre a melhor programação da sua intervenção.

Para o sucesso da Manutenção Preditiva é preciso um banco de dados que arquive e monitore as analises para a tomada de decisão do melhor momento de intervenção. Devido a esse fator, muitas empresas terceirizam esse serviço, para empresas que atuam no ramo e tem mais ferramentas de controle das análises, ficando por sua conta “apenas” a manutenção preventiva do equipamento analisado.

Com essas informações em mãos é hora de por a mão na massa: Como implementar a Preditiva? É preciso pessoas capacitadas para tal operação, através de treinamentos e conhecimentos de utilização dos instrumentos para tais monitoramentos.

Mas não basta monitorar, tem que existir uma rotina de tratamento. Em sua programação é preciso trabalhar com dois tipos de Manutenção:

Inspeção Preditiva: Inspeção planejada, com recursos programados, baseada na utilização de instrumentos e ferramentas especiais para medição e monitoramento, com a finalidade de diagnosticar deteriorações das condições nominais de operação de equipamentos e instalações. 

Monitoramento Preditivo: Manutenção programada, com intervenções e recursos programados, baseada na análise dos resultados das "Inspeções Preditivas". Com os resultados obtidos na inspeção fica fácil você saber o momento ótimo de atuação. É através do Monitoramento que você resolve os problemas levantados na Inspeção! 

Garantir uma manutenção preditiva bem organizada e confiável fará seu trabalho como gestor de manutenção bem mais fácil! Você conseguirá antecipar quebras, reduzir seu custo com emergências, melhorar os seus indicadores e principalmente trazer a tão sonhada confiabilidade em seus equipamentos.

Grande Abraço!

Jerônimo Simeão Júnior