Na vida corrida que levamos, muitas vezes, desconsideramos o valor da paciência.

Busca-se resultados imediatos, a competição profissional faz parte do dia-a-dia das empresas, os afazeres e tarefas parecem maiores do que o tempo para executá-los.

Evidentemente, esse ritmo frenético influencia o modo como os relacionamentos são estabelecidos e sustentados ao longo da vida.

Em meio a esse turbilhão, a paciência praticamente entrou em desuso.

Falta paciência para respeitar o ritmo e as particularidades de cada um.

Quantos se dispõem a aguardar, ensinar, compreender, esperar o tempo da outra pessoa conseguir desempenhar o que se espera dela?

A paciência, entretanto, é uma das virtudes mais importantes a ser desenvolvidas.

Há momentos onde o cansaço excede a esperança de estar em paz.

Há momentos onde a tristeza alcança a doce alegria que nos acompanha.

Há momentos onde a desistência fala mais alto, restando-nos o vazio, a espera.

Há momentos onde somos obrigados a dar limites, quando na realidade gostaríamos de seguir livres pelos caminhos que escolhemos.

Há momentos onde falar mais alto parece ser mais importante que calarmos na doçura do silêncio e da compreensão.

A paz não é vazia, anterior a ela existe um longo aprendizado, por isto a necessidade de tantos momentos vividos...

Dá alívio saber que nada é para sempre.

Dá alegria saber que tudo é passível de mudanças.

Dá tranquilidade saber que podemos aprender e reaprender, lapidando dia a dia a pedra bruta, que oculta o diamante que trazemos dentro de nós.

Renascer a cada momento, eis a fonte de onde brota o conhecimento tão necessário para que possamos seguir cada vez mais confiantes e serenos.

Aguardamos uma semente se transformar na árvore, um bebê demorar nove meses para nascer, o tempo da água ferver na chaleira, sabedores de que nada na natureza dá saltos…

De mãos dadas com a boa vontade, a paciência se desenvolve e espalha o bem à sua volta.