Começo esse artigo, afirmando que, ao longo de trinta anos atuando como Psicoterapeuta, constatei que o único ser humano que aprecia a mudança, é bebê molhado. Sim, interessado na mudança de fralda! No mais, as pessoas, mantém uma natural resistência a mudança, algo que faz parte do processo de desenvolvimento humano. 

Síndrome de Gabriela:

“Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim... Gabriela”. 

Esse comportamento arraigado, é comumente observado na pessoa que afirma, não precisar mudar ou adaptar seu comportamento a uma situação disfuncional ou que a desagrada. A princípio, pode até parecer uma atitude positiva, que evidencia certa autoestima e personalidade. Entretanto, esse comportamento é um sabotador, vez que, a pessoa se nega a mudar seus padrões e comportamentos. Assim, ela criará uma “zona de conforto”, que a limitará, fará com que a perca oportunidades e desgastará relacionamentos ao longo de sua vida. 

A pessoa que se recusa a mudar, acreditando que nasceu desse jeito e assim será, até o fim de sua vida, dificulta seu crescimento pessoal e profissional. As mudanças, são parte integrante da evolução humana. Para tanto, é preciso se permitir revisar seus conceitos, crenças, valores e comportamentos de vez em quando e, estar aberto ao novo, porque a vida é dinâmica. 

Um fato comumente observado, é aquela pessoa que resiste, mas conhece a limitação e disfuncionalidade de um comportamento seu. Ela repete o seu padrão, acreditando que, em algum momento, obterá resultado diferente, agindo da mesma forma e só se frustra. Um novo e melhor resultado, requer sua mudança de visão, pensamento, atitude (intenção) e comportamento (ação), para que seja mais funcional para a sua realidade e qualidade de vida desejadas.

A principal queixa e desejo de mudança, da maioria dos pacientes, revelado em algum momento de seu processo terapêutico, é que: “Eu gostaria que meu: pai, mãe, namorado(a), marido, esposa, amigo(a), colega, professor(a), mudasse o seu comportamento comigo, pois a forma e o jeito como me trata, me faz sofrer e me deixa triste”. 

Esse é um relato comum de uma pessoa vitimista. Vez que, não assume o protagonismo de sua vida, ela empodera e atribui a responsabilidade pelas suas ações ao outro e não a si. Na visão desta coadjuvante: ela é feliz porque fulano gosta dela e a ajudou ou é infeliz porque ciclano parece não gostar dela, foi rude ou lhe negou ajuda. Seu foco e poder, não estão nela e sim, no outro. Sua visão é clara, o outro precisa mudar comigo para que eu seja feliz e mude com ele. 

De fato, é exatamente o contrário! Você muda e faz com que o outro mude com você, em razão de sua mudança. Quando você muda sua atitude e age diferente de seu comportamento (padrão), conhecido e esperado pelo outro, você gera nele, uma imediata necessidade de adaptação ao seu novo comportamento e, ele precisará mudar sua reação e resposta a você.  

Se você continuar interagindo com o outro, da mesma forma (padrão), enviando os mesmos estímulos e reações (+ ou -/ passiva ou ativa), você obterá as mesmas respostas e resultados do outro, porque ambos estão condicionados.

Na visão do vitimista, o outro é sempre o responsável e “culpado” pelos desígnios de sua vida, nunca ele! Essa é uma conveniente ilusão que ele mantém, para justificar sua resistência a mudança de comportamento!  

O fato que explica a resistência a mudança, é que alguns, sentem medo de sofrer frente a adoção de uma nova atitude e a reação do outro. No entanto, se esquecem que, já sofrem faz tempo, por manterem o padrão atitudinal, que gera o mesmo resultado. Temos aqui, um denominador comum, o sofrimento existencial, que é algo inerente a condição humana, mas manter a dor causada pela repetição, isso é opcional. 

Possíveis resultados:

O sofrimento experimentado pela repetição do padrão comportamental, mantém a pessoa estagnada. Já o sofrimento advindo do processo de mudança, através da psicoterapia, com tentativas, ensaios e erros, esse o instrui, desenvolve e o liberta existencialmente, para uma melhor qualidade de vida. 

Você se torna refém de tudo aquilo que você tolera e não muda em você!

Quer mudar sua atitude e se libertar? Conscientize-se de que você é o responsável por suas ações ou inações na interação com o outro. Defina e imponha os limites necessários, para que você passe a ser respeitado. O outro só age com e sobre você, na medida do espaço que você lhe concede. 

A única coisa que você pode mudar em uma pessoa é a forma de vê-la.

Reconheça e aceite seus sentimentos, pensamentos, atitudes e comportamentos de seu passado, como sendo o melhor que conseguiu ser e que te trouxeram até aqui. Agora pode ser a sua hora de evoluir e adotar, novas atitudes e comportamentos mais funcionais a sua vida atual. 

É fundamental refletir, para compreender sua razão e necessidade de mudar uma atitude, um comportamento e avaliar o como será feito, para então agir.

Mude sua visão sobre as pessoas e o mundo, que suas ações e resultados mudarão. Toda mudança de comportamento requer, inicialmente uma mudança de pensamento, para então, criar uma atitude diferente, caso contrário, não ocorre! 

Mudança é um processo e não um evento. 

Uma boa razão para mudar de atitude:

Enquanto evoluir não for sua prioridade, sua mente continuará treinada para: Manter as Mesmas Atitudes e Rotinas, que fará com que, Repita os Mesmos Resultados e Problemas, criando uma relação simbiótica.

Você pode mudar sua atitude e comportamento:

Invista em autoconhecimento, esse é o primeiro passo fundamental e, é algo interno a ser explorado. É preciso compreender-se para lidar com suas próprias emoções (+ ou -). O autoconhecimento é essencial para se operar, qualquer mudança comportamental. 

Mantenha-se atento e observe-se mais:

Coloque maior atenção sobre como suas atitudes e comportamentos afetam alguns aspectos da sua vida pessoal ou profissional e os resultados obtidos. Identifique objetivamente, o que está disfuncional e que requer mudança pontual e urgente.  

Mantenha-se em movimento:

Toda mudança requer ação! E você, pode assumir o protagonismo de sua própria vida. Entrar em ação é necessário para que você saia do conhecido (padrão) - ponto A: (zona de conforto, mesmice, apatia e tristeza), e migre para o desejado (nova atitude) - ponto B: (transformação, crescimento, autoestima, segurança e felicidade).  

Inicie sua mudança de atitude, através de simples ações cotidianas que o incomoda, Ex.: Eu postergo academia. Determine-se e se organize para fazer a atividade no início ou final do dia e cumpra! Persista e se sentirá mais seguro e capaz de fazer outras mudanças que julgar necessárias. Com o tempo, você perceberá o valor e os resultados das mudanças conquistadas e que permanecerão. 

Busque ajuda profissional:

Alguns afirmam que: “Se eu fui capaz de criar o monstro, também serei capaz de matá-lo”. Na verdade, nem tudo está sob o nosso controle, como alguns pensam!  

Nem todas as pessoas conseguem identificar, mudar atitudes e comportamentos de imediato. Quando percebem a necessidade, em seu tempo e por conta própria, pode ser tarde. Nesse caso, não desanime e nem desista. Toda mudança se inicia com um primeiro passo, que pode ser, buscar a ajuda efetiva de um Psicólogo.  

Se você deseja e quer mudar, agende uma entrevista gratuita! marcio.caldellas@mcdesenvolvehumano.com.br

 

Marcio Caldellas – Psicólogo clínico (Comportamental & Psicodramatista), Career & Executive Coach certificado pela Sociedade Brasileira de Coaching e BCI – Behavioral Coaching Institute – USA. Analista de Perfil Comportamental com sólida carreira desenvolvida em Executive Search como Headhunter, atuando com posições executivas. www.mcdesenvolvehumano.com.br