Qual o seu maior desafio? Muitas questões podem ser levantadas e discutidas, mas em meu entendimento, o maior desafio, é vivermos e convivermos nesta imensa Aldeia Global. Onde tudo e todos nós, somos totalmente interligados e interdependentes. As mudanças no mercado globalizado, sejam elas no meio Privado ou na Administração Pública, são altamente competitivas e vão determinando mudanças no mundo dos negócios e na forma das pessoas se relacionarem e conduzi-los. Muitas atividades são terceirizadas, pois as empresas necessitam agora focar naquilo que possuem competência (Core Business), para manter sua competitividade e perenidade, num mercado cada vez mais volátil. A competência no negócio torna-se o diferencial da organização, e os procedimentos de avaliação dos gestores necessitam ser alinhados com esse modelo de competência no âmbito dos negócios com as competências no âmbito das pessoas. Pois sem pessoas, não há empresa, não há clientes, não há mercado.

Vocês já devem ter ouvido a famosa frase do Autor McClelland “Testar competências no lugar de Inteligência”, ele defendia que as competências seriam os melhores previsores de desempenho. Um bom resultado obtido no aspecto da inteligência não garante a performance do profissional, pois a capacidade de solucionar problemas não habilita as pessoas a solucionar qualquer tipo de problema e sob qualquer circunstância. Por exemplo, a competência para “influenciar pessoas” e “orientação para resultados” seriam decisivas para diferenciar os melhores desempenhos em certos cargos.             

Na minha trajetória e no meu dia a dia profissional e pessoal, assim como McClelland entendo que o processo deva focar na conduta e/ou comportamento no que o sujeito faz, pois desta forma teremos mais bases para um novo procedimento de avaliação ampla: Constituindo a entrevista por eventos comportamentais (Behavior event interview).

Entretanto até hoje, a maior dificuldade das organizações e gestores, é aferir os modelos de competências. Pois o termo competências ainda traz muitas interpretações diferentes, tanto para os que pesquisam e escrevem sobre o assunto, como pelos que o aplicam em seu ambiente de trabalho. Como forma de vocês entenderem a complexidade do tema, vejam abaixo algumas definições citadas por diversos autores:

“Ser competente é responder à questão: O que fazer, quando não se diz mais como fazer?”. 

 “Qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto; fazer determinada coisa significa capacidade, habilidade, aptidão e idoneidade”. 

“Competências são as áreas de conhecimento, habilidade e capacidade que aumentam a eficácia da pessoa em lidar com o mundo”. 

“Competência é a aplicação prática de conhecimentos, aptidões, habilidades, valores, interesse – no todo ou em parte - com obtenção de resultado”. 

“Conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos que permitem ao indivíduo desempenhar com eficácia determinadas tarefas, em qualquer situação”. 

“Um saber agir responsável e reconhecido, que implica em mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. 

“Uma pessoa é competente quando, graças às suas capacidades, entrega e agrega valor ao negócio ou empresa em que atua, a ela própria e ao meio em que vive”. 

Conclusão, com as rápidas mudanças que estão ocorrendo, econômicas, políticas e culturais, o conceito de trabalho está sendo redefinido, trazendo com isso grandes transformações. Os gestores que quiserem enfrentar estes novos desafios, precisarão desenvolver novas competências e habilidades que atendam às incertezas e turbulências do mundo dos negócios. Ao invés de estarem somente associadas ao domínio de técnicas específicas, as competências ampliaram-se, envolvendo atributos mais subjetivos do saber e do conhecimento. Sob essas condições, os gestores precisam criar parâmetros de ações, para adaptar as pessoas, no presente, às incertezas do futuro.

De forma pragmática, o SER HUMANO é reflexo e caracterizado por suas emoções, e caso ele não esteja alinhado com a sua vida pessoal e profissional, por maior especialista e competência que tenha, seus resultados não expressarão sua total capacidade de resposta. Por isso, antes de rotular e perder um potencial Talento, pratique a empatia e coloque-se no lugar do outro, mas tenha humildade em reconhecer que o problema pode estar também no modelo e na forma de gestão!

Pensem nisso e até a próxima!

SOBRE O AUTOR:

José Renato Alverca

É Business Division Manager da Gi Group.

É Membro Fundador do IBPDICC – Instituto Brasileiro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Crédito e Cobrança, Pesquisador, Especialista em Crédito, Cobrança, Meios de Pagamento, Adquirência, Outsourcing, Gestão de Pessoas e RH e TI.

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