Em momentos de crise, os cenários tornam-se muito mais, desafiadores e competitivos entre empresas concorrentes, disputando mercado. Tal como ocorre, a competição e o aumento da pressão entre os colaboradores, na luta diária para preservar seu emprego. Fato desmotivador e emocionalmente desgastante. Tal situação aumenta potencialmente o nível de estresse, gerando quadro depressivo, podendo culminar com a síndrome de Burnout – (estado de esgotamento emocional e físico causado pelo estresse excessivo e prolongado).

Você deve conhecer alguém que tem ou teve depressão, certo? É mais comum do que se imagina. A OMS (Organização Mundial de Saúde), estima que 350 milhões de pessoas sofram do problema em todo o mundo. A depressão é considerada uma doença incapacitante, pois impede a pessoa de desempenhar qualquer outra atividade. No Brasil, em 2015, quase 22 mil pessoas passaram a receber auxílio-doença por causa do transtorno depressivo recorrente, de acordo com dados do Ministério da Previdência Social.

A doença pode ainda, em última estância, levar ao suicídio. Segundo levantamento divulgado no ano passado, em 16 anos, as mortes causadas pela depressão cresceram 705% no Brasil, estando incluídos nessa estatística, casos de suicídio e outras mortes motivadas por problemas de saúde em função de episódios depressivos recorrentes.

A depressão é uma desordem mental comum e possui uma série de sinais e sintomas, que vão desde alterações físicas até quadros emocionais. Seguem alguns dos sinais mais importantes e característicos da doença. Havendo identificação com os sintomas, é indicado sempre, procurar um psiquiatra e posteriormente um psicólogo. O acompanhamento feito com psicoterapia e medicação é eficaz na maioria dos casos. 

Atente para os principais sinais:

 

Ø  Passar muito tempo remoendo situações difíceis

É normal ficar triste depois de um acontecimento negativo, como uma separação conjugal ou a perda do emprego. Mas, a tendência de supervalorizar esses acontecimentos pode ser um sinal que merece atenção.

 

Ø  Atividades que antes eram prazerosas perdem a graça

Pessoas depressivas têm a capacidade de sentir prazer reduzida. Além disso, elas tendem a se enxergar como alguém sem valor, indesejável ou inadequado, que se irrita com facilidade e tem crises inexplicáveis de choro.

 

Ø  A redução do prazer atinge a libido

Muitos pacientes com depressão se queixam de redução do interesse pelo sexo e do prazer sexual. Muitas vezes, isso resulta da própria apatia em que a pessoa se encontra, tomada pela fadiga e pela sensação de perda de energia.

 

Ø  Diminuição do aproveitamento profissional

Lentidão de raciocínio, e até de movimentos, fazem parte dos sintomas da depressão. Pode haver dificuldades de memorização e de concentração.

 

Ø  Insônia ou muito sono e cansaço

Os sinais físicos da depressão também incluem alterações no sono. Alguns pacientes se queixam de falta de sono, já outros, reclamam que, mesmo dormindo por várias horas, se sentem cansados, apáticos e sem energia.

 

Ø  Falta de apetite ou apetite exagerado

Alterações do apetite fazem parte dos sintomas fisiológicos da depressão. No geral, se percebe uma perda no apetite, mas alguns pacientes podem apresentar aumento da fome.

 

Ø  Casos de depressão na família

A hereditariedade é um dos vários fatores e origens da depressão. Filhos de pais com depressão têm um risco maior de desenvolver a doença.

 

Ø  Ter diagnóstico positivo para doenças que causam incapacidade e dor crônica

Há uma relação direta entre processos inflamatórios e a depressão. Tanto os doentes crônicos ficam mais deprimidos como os indivíduos deprimidos tendem a ser mais propensos a doenças infecciosas. Alguns medicamentos também podem desencadear quadros depressivos.

 

Ø  Passar muito tempo de luto pela morte de um ente querido

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da APA (Associação Americana de Psiquiatria), a tristeza decorrente do luto pode indicar transtorno depressivo quando se prolonga por mais de duas semanas. Muitos profissionais brasileiros, contudo, consideram normal um período de luto de até seis meses.

 

É possível combatermos estados depressivos e evitarmos o Burnout, à medida que investirmos em auto conhecimento e desenvolvimento, através de: (Psicoterapia - Coaching Pessoal ou Carreira), visando adquirir equilíbrio emocional, minimizar conflitos nos papéis: pessoal/ profissional, melhorar nossa comunicação (diga não quando é não mesmo), interação pessoal. Assim, nos tornamos assertivos em nossos posicionamentos e decisões na vida pessoal e profissional.

 

Marcio Caldellas – Psicólogo clínico, Personal, Career & Executive Coach certificado pela Sociedade Brasileira de Coaching e BCI – Behavioral Coaching Institute – USA. Sólida carreira desenvolvida em Executive Search como Headhunter atuando com posições executivas.

Maiores informações: www.mccoaching.net - mccoach@uol.com.br

 

 

Fonte: Prof. Dr. Cássio Bottino - Professor associado do Departamento de Psiquiatria da USP.